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Atualização da 9ª semana do distanciamento controlado

6 Regiões com Bandeira Vermelha na oitava semana do Distanciamento Controlado

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Imagem distanciamento controlado
Imagem distanciamento controlado

Na nona rodada do distanciamento controlado, seis regiões do Rio Grande do Sul estão em bandeira vermelha (risco epidemiológico alto), decorrente da piora nos indicadores de propagação da Covid-19 e da capacidade de atendimento do sistema de saúde.

Nesta segunda-feira (06/06) foi divulgado o mapa definitivo.

As regiões classificadas com bandeira vermelha são Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, Capão da Canoa, Palmeira das Missões e Pelotas.
O restante das regiões estão classificadas em bandeira laranja (Risco epidemiológico médio).

A vigência começa à 0h desta terça-feira (07/07) e se encerra às 23h59 da próxima segunda-feira (13/07).

Segundo Leite, a decisão de reconsiderar as quatro bandeiras levou em conta, principalmente, o aumento na capacidade hospitalar na comparação com o índice de contágio da população. Explicou que existe certa dose de “subjetividade” e de confiança nessas regiões, sem deixar o alerta aceso para os próximos dias.

Com a atualização, 52,9% da população gaúcha (5,9 milhões de habitantes) está sob restrições mais rígidas impostas pela bandeira vermelha. Dos 155 municípios classificados com nível alto, 87 podem adotar protocolos previstos na bandeira laranja por meio de regulamento próprio.

Isso porque se adequam à chamada “Regra 0-0” – não tiveram registro de hospitalização e óbito por Covid-19 de morador nos 14 dias anteriores ao levantamento. A condição é que mantenham os registros oficiais atualizados.

Principais mudanças no mapa:

• PORTO ALEGRE
Além da situação agravada pelos indicadores mensurados pela macrorregião, o número de hospitalizações confirmadas para Covid-19 registrado nos últimos sete dias apresentou crescimento de 11% entre as duas semanas, passando de 204 para 227. Com isso, o indicador apresentou melhora entre as duas análises, passando de bandeira preta para laranja. Porém, destaca-se que a quantidade de novas hospitalizações em proporção da população ainda é elevada, refletindo na bandeira preta para o indicador de incidência na região.

Ainda se observa crescimento em outros três indicadores de avanço da doença. O número de internados em UTI por SRAG no último dia variou de 163 para 225 entre as duas semanas. O indicador de internados em UTI confirmados para Covid-19 cresceu 37%, passando de 124 para 170. Por último, o indicador de internados em leitos clínicos Covid-19 variou de 196 para 219.

O indicador que mede o Estágio da Evolução, resultante da razão entre ativos e recuperados obteve leve melhora, passando para avaliação de risco médio (laranja). O de Projeções de Óbitos e de hospitalizações em relação a 100 mil habitantes, na última semana, se manteve em avaliação de risco máximo (preta).

 CANOAS
A região de Canoas é a que obteve a maior média ponderada entre todas regiões Covid, em valor de 2,14. Os registros de hospitalizações confirmadas para Covid-19 cresceram 56% entre as duas semanas, passando de 41 para 64 hospitalizações. O avanço acompanha a tendência que levou a região à bandeira vermelha há duas semanas, pois se trata da velocidade do avanço da pandemia e dos efeitos que podem permanecer por mais semanas.

Da mesma forma, na região o número de internados em UTI por SRAG no último dia passou de 31 para 42 entre as duas semanas. Para o indicador de internados em UTI confirmados para Covid-19, o crescimento foi de 68%, variando de 19 para 32 Com relação ao número de pacientes Covid-19 em leitos clínicos, o aumento foi de 9,5%, (de 42 para 46 internados).

Na razão entre os casos ativos na semana e recuperados nos 50 dias anteriores ao início da semana, o indicador se manteve em bandeira preta. No caso do número de hospitalizações confirmadas para Covid-19 nos últimos sete dias para cada 100 mil habitantes, o indicador se manteve em bandeira preta, com a razão passando de 5,17 para 8,07.

NOVO HAMBURGO

A manutenção de bandeira vermelha também é observada na região de Novo Hamburgo. Comparativamente às outras semanas, verificou-se uma aceleração no registro de hospitalizações confirmadas para Covid-19 nos últimos sete dias. Enquanto na semana anterior havia ocorrido 71 registros, nesta semana foram 91 (aumento de 28%). A dimensão das hospitalizações, quando comparada por 100 mil habitantes, é bastante elevada, sendo a de maior valor entre todas as regiões Covid-19, indicando alta prevalência na região. Com isso, os indicadores de Estágio da Evolução e de Incidência de Novos Casos sobre a População, que são mensurados com base na região, todos apresentam bandeira preta.

A ocupação de leitos clínicos e de UTI, para SRAG ou confirmados para Covid-19, tiveram aumentos entre as duas semanas, contribuindo com o agravamento dos indicadores da macrorregião. O indicador de internados em leitos clínicos cresceu 86% (de 28 para 52), apontando para um possível aumento em ocupação de leitos de UTI nos próximos dias.

 CAPÃO DA CANOA
Também sobre efeito do agravamento na Macrorregião Metropolitana, a região de Capão da Canoa apresentou crescimento em três variáveis utilizadas para mensurar o avanço da doença. As hospitalizações confirmadas para Covid-19 registradas nos últimos sete dias na região passou de 21 para 23 entre as duas semanas.

Apesar da redução na ocupação de leitos clínicos em 23,5% (de 17 para 13), ocorreram aumentos no número de internados em UTI confirmados para Covid-19 e por SRAG.
Os três indicadores de Estágio da Evolução e de Incidência de Novos Casos sobre a População apresentaram situação de bandeira preta, demonstrando a gravidade tanto da macro quanto da região em si.

 PALMEIRA DAS MISSÕES
A região de Palmeira das Missões volta a ter classificação de alto risco. O número de casos ativos pela doença na última semana seguiu em crescimento, passando de 193 registros para 237 entre as duas semanas. Esse critério, comparado com os casos recuperados nos 50 dias anteriores, recebeu novamente a bandeira preta.

A região registrou aumento de 80% nas hospitalizações confirmadas para Covid-19 nos últimos sete dias entre as duas semanas, passando de 15 para 27. Os casos de internação em UTI por SRAG tiveram crescimento de 67%, já que agora são 10 pacientes, ao passo que há uma semana eram seis. No caso das internações confirmadas para Covid-19 em leitos clínicos e de UTI, se observou crescimento em ambas, principalmente para UTI, com o número de internados passando de um para oito pacientes.

O aumento das hospitalizações afetou diretamente os indicadores de Estágio da Evolução na Região e de Incidência de Novos Casos Sobre a População, com os três obtendo bandeira preta.

No indicador que apura o número de internados por Covid-19 no último dia do levantamento, Palmeira das Missões teve um salto de seis para nove pacientes. Com o aumento das ocupações em leitos de UTI, a região reduziu o número de leitos de UTI livres para atender Covid-19 de 23 para 17 leitos

• PELOTAS
A região de Pelotas atinge pela primeira vez a situação de bandeira vermelha. Dos indicadores de velocidade do avanço da macrorregião, o de hospitalizações confirmadas para Covid-19 entre as duas semanas e o de pacientes Covid-19 em leitos de UTI no último dia obtiveram bandeira preta nesta semana.

A quantidade de hospitalizações confirmadas para Covid-19 registradas nos últimos sete dias, na região, aumentou 144% entre as duas semanas, passando de nove, na semana anterior, para 22 na atual. O número de internados por SRAG em UTI (de 13 para 17), o número de internados em leitos clínicos Covid-19 (de 8 para 12) e de internados em leitos de UTI Covid-19 (de 9 para 15) cresceram na macrorregião.

Com o aumento no número de casos e de hospitalizações, a região segue agravada pelos indicadores de estágio da evolução na região e de Incidência de Novos Casos sobre a População. A Capacidade de Atendimento da macrorregião e, assim como as demais regiões Covid-19, pelo impacto da bandeira vermelha no indicador de Capacidade de Atendimento mensurada pelo Estado como um todo, foram fatores que contribuíram para a elevação de risco na região.

Portanto, o indicador de leitos de UTI livres dividido pelos leitos de UTI ocupados por pacientes Covid-19, medido para a macrorregião, atingiu situação de bandeira laranja (com 2,71 leitos de UTI adulto livre para cada leito de UTI adulto ocupado por Covid-19 na região).

 

Caso tenha dúvida, entenda como funciona o distanciamento controlado.

Com base em evidências científicas e análise de dados, o modelo de Distanciamento Controlado – que está oficialmente em vigor desde 10 de maio em todo o Rio Grande do Sul – tem o objetivo de equilibrar a prioridade de preservação da vida com uma retomada econômica responsável.

Para isso, o governo dividiu o Estado em 20 regiões e mapeou 105 atividades econômicas. A partir de um cálculo que leva em conta 11 indicadores, segmentados em dois grupos – propagação do vírus e capacidade de atendimento de saúde –, determinou a aplicação de regras (chamados de protocolos) mais ou menos restritas para cada segmento de acordo com o risco calculado para cada região.

Conforme o resultado do cruzamento de dados divulgados de forma transparente, cada local recebe uma bandeira nas cores amarela (risco baixo), laranja (risco médio), vermelha (risco alto) ou preta (risco altíssimo).

Saiba mais sobre nona semana do Distanciamento controlado (CLIQUE AQUI)

Para maior conhecimento do Distanciamento Controlado acesse o link da página da Central do Cidadão e acesse o site do governo que explica como funciona a estratégia do governo.

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